Uma igrejinha amarela, onde se destacam um pequeno sino e uma cruz, bem no alto da estrutura do telhado, dá um clima de acolhimento aos visitantes, no distrito de São Benedito, no município de Itaberaí. Conhecido como Olhos D’Água, São Benedito faz parte do Trecho 11 ( Vila Aparecida - Itaguari) do Caminho de Cora Coralina. O Distrito conta com infraestrutura básica (água, luz, telefone), escola municipal de ensino fundamental, posto de saúde, campo de futebol e quadra de esporte. Tem restaurante, padaria e uma pousada novinha. O povoado é um importante centro de produção e comercialização de polvilho, excelente para o preparo da tapioca, pão de queijo e biscoitos. Conta a história que havia um homem chamado Benedito que fazia panelas de barro e morava perto da fazenda que acabou originando o povoado. Era devoto de São Benedito, mas só tinha ouvido falar sobre ele, nunca tinha visto a imagem do santo. Certo dia, o homem foi até à Igreja de Nossa Senhora d’Abadia, na cidade de Itaberaí e ganhou uma fotografia com a imagem de São Benedito. Chegando em casa, olhando a fotografia fez uma imagem de barro daquele santo. Certo dia, o senhor Benedito recebeu a visita de dona Adelaide, que morava na fazenda e era de uma família muito católica. Adelaide viu a imagem de barro e achou tão bonita que a pediu. Ela ganhou a imagem de São Benedito e, chegando em casa, improvisou um altar para o santo em sua sala com um tamborete de couro. Todos os dias a família se reunia para rezar o terço em frente à imagem. Com o tempo, o número de devotos aumentou e a comunidade iniciou a festa em louvor a São Benedito, por volta de 1919, na fazenda, onde hoje é o povoado. A festa, sempre no primeiro domingo de maio, era realizada devido ao crescente número de pessoas que se dirigiam, em romaria à localidade, em carros de boi, carroças, a cavalo e a pé, para pagar promessas. O terreno foi doado para construção da primeira capela a São Benedito, iniciada por volta de 1940 e finalizada em 25 de outubro de 1946. A imagem foi levada para a capela e o padre ia de Itaberaí, a cavalo, para celebrar as missas. Algumas pessoas começaram a construir casas ao redor da capela e deram o nome de Olhos D’Água ao povoado, por causa de uma mina, que havia no local.

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